Possivelmente você já percebeu que o bocejo pode ser contagioso, porque é muito difícil controlar a vontade de bocejar quando vemos outra pessoa fazendo isso. Essa vontade praticamente incontrolável, de replicar o comportamento alheio, se faz por conta da existência dos neurônios-espelho. Quando uma pessoa boceja e outra observa, os circuitos neuronais de bocejar no cérebro do observador são ativados, fazendo-o bocejar também.
Os neurônios-espelho foram descobertos pelos neurocientistas no início da década de 90. Quando uma pessoa vê a outra agindo de uma certa forma, os neurônios do observador da ação agem como se ele próprio fosse o autor da ação. Esses neurônios são importantes para o nosso aprendizado, concentração, gerenciamento emocional e empatia, pois quando vemos alguém fazer alguma coisa, nosso cérebro assimila tal experiência como aprendizagem.
Podemos compreender que no ambiente empresarial eles se fazem importantes aliados para a liderança, ajudando na autoconsciência emocional e consequentemente comportamental dos líderes em relação ao seus liderados – e também no momento de compreender reações e comportamentos específicos destes liderados, com o propósito de gerar maior sintonia e poder de influência entre eles.
Deste modo, afirmamos que os neurônios-espelho provam que os humanos são seres sociais e estão em conexão intensa com o ambiente em que vivem, adaptando-se as diversas transformações e gerando novas sinapses, consequentemente formando novos níveis de consciência e aprendizagem por meio destas experiências.
Portanto, me pergunto o que lhe impede de observar-se com mais dedicação, assim como os outros a sua volta, aproveitando para espelhar boas atitudes? Da mesma forma servir como modelo para outras pessoas espelharem seu comportamento agregador ao TODO?
Façamos uso dos recursos que temos, agora que compreendemos melhor a missão dos neurônios-espelho!