INVESTE OU GASTA SEU TEMPO?
Proponho “investirmos” alguns minutos do nosso tempo para a seguinte reflexão:
Segundo os estudos da neurociência, 25% de toda a energia corporal é consumida apenas pelo cérebro. Consequentemente, quanto mais economia de energia, melhor (para a satisfação do cérebro), mas até que ponto isso é bom suficientemente para você (dono(a) do tal cérebro)?
Sendo que um novo aprendizado demanda mais energia e o cérebro é criado e concebido para economizar, ele tem a tendência natural de continuar fazendo o que já é conhecido e deixar de aventurar-se com novas aprendizagens, visões de mundo, ou seja, expansões cognitivas e afetivas.
Deste modo, eu lhe pergunto: “Você é um cérebro com uma pessoa ou uma pessoa com um cérebro?” Continuará no piloto automático em atividades que merecem sua atenção plena? Continuará perdendo a oportunidade de ampliar sua mentalidade e tomar melhores decisões para sua vida?
Ter esse conceito em mente é útil para ficar mais vigilante em relação à vontade que temos de ficar na zona de conforto, repetindo as mesmas ações, sempre. Se você quer resultados diferentes nas diversas áreas da sua vida, adicione experiências também diferentes a elas.
Segundo a neurociência, quando estamos diante de uma nova ideia ou comportamento, o nosso cérebro acessa uma espécie de “memória de trabalho”, que é um recurso muito limitado. Praticamente atalhos!
Nossas crenças, achismos, e hábitos nos levam a pensar e fazer “mais do mesmo”. Consequentemente a “ter sempre os mesmos resultados” (sejam esses resultados positivos ou negativos).
Portanto, o cérebro, cria circuitos neurais para comportamentos, pensamentos e atividades que se repetem, e tenta encaixar tudo que recebe dentro desses circuitos pré-estabelecidos, consequentemente não precisando “gastar mais tanta energia” em determinadas atividades.
Assim, por conta dessa característica, nosso cérebro passa a criar determinados hábitos e nos coloca, naturalmente em “piloto automático” na maioria dos momentos de nossas vidas.
Interessante observar que quase sempre estamos em “piloto automático”, sem sentir isso tudo que paralelamente acontece em nosso cérebro – justamente porque ele está sempre tentando “economizar energia” – e tempo de aplicabilidade – puro instinto de sobrevivência, pois não se faz extremamente necessário parar e pensar consciente e analiticamente enquanto se respira, caminha, fala, etc. Ou seja, durante toda e qualquer atividade que executamos.
Entretanto, para algumas atividades, sair do “piloto automático” se faz interessante e importante para sermos assertivos e mais realizados em nossas vidas. Atitudes/atividades específicas podem ajudar a tirar as pessoas do “piloto automático”!
Atitudes/atividades, portanto, que podem gerar maior “plasticidade cerebral” (capacidade cerebral extremamente saudável, que todos nós já temos)!
Atividades que “quebram estados automáticos”, gerando pensamento consciente e crítico – exigindo muito mais esforço do cérebro.
Deste modo, cabe refletir que para gerar maior plasticidade cerebral, ou seja, fazer novas conexões e desenvolver novos conhecimentos e aplicabilidades, é fundamental em certos momentos focar a atenção plena em atividades específicas com sentidos específicos (que estão alinhados aos nossos propósitos).
Fazer as coisas de formas diferentes daquelas que estamos acostumados a fazer, assim como nos permitir a pensar em coisas que não estamos acostumados a pensar.
Também experimentar aquilo que ainda não experimentamos – e talvez nunca imaginamos que um dia pudéssemos assim fazer.
Permitir-se “quebrar paradigmas e romper barreiras” a fim de “experienciar a arte da curiosidade” e consequentemente alcançar a habilidade do “investir tempo” ao invés do “gastar tempo”!
Assista a rápida e profunda reflexão sobre essa relação do Investir ou gastar tempo para melhores atividades, consequentemente tomadas de decisão!
https://youtube.com/shorts/JQWKmSTuMFo?feature=share
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