Muitos dos meus alunos e alunas frente as abundantes e aceleradas cobranças mercadológicas e transformações sócio tecnológicas, me questionam sobre o que e como cursar após uma graduação. Angustiados(as) com as incertezas do futuro expressam muitas dúvidas a respeito das diferenças entre mestrado, MBA e cursos de média ou curta duração.
Costumo explicar que a escolha do curso, assim como sua modalidade e durabilidade, muito dependerá se a pessoa necessitará obter resultados em longo, médio ou curto prazo – (Mestrado: longo prazo / Mba: médio prazo / Cursos de Curta duração: curto prazo).
Deste modo, penso que primeiro se faz importante compreender o que é a Pós-Graduação: o curso que vem depois da Graduação. Seja ele, uma especialização, mestrado ou doutorado.
Encontramos dois tipos de Pós-Graduação: o Lato Sensu e o Stricto Sensu.
O Lato Sensu consiste em uma especialização, que aperfeiçoa aspectos do profissional focado em uma área específica direcionada para o mercado de trabalho. É indicado para profissionais de diferentes áreas que procuram um diferencial e desejam focar sua atuação no mercado.
Quanto ao termo MBA foi bastante difundido nos Estados Unidos – e no Brasil, recentemente começa a ficar conhecido por quem procura uma Pós-Graduação. MBA por sua vez, significa Master Business Administration. Nada mais é do que uma Pós-Graduação Lato Sensu, que direciona o aperfeiçoamento em uma área profissional específica, focada no mercado de trabalho. – Mas então por que não chamamos de Pós? Porque o MBA se refere especialmente à área de Business, ou seja, de negócios e Gestão Empresarial. É indicado para profissionais com pelo menos três anos de experiência profissional e com presença já consolidada na área, como no caso de gerentes, diretores e presidentes.
Já o Stricto Sensué direcionado para o aspecto acadêmico das áreas profissionais, e consiste nos mestrados e doutorados. Este tipo de pós é indicado para quem deseja seguir a carreira de pesquisador ou professor universitário – e em alguns casos, além da profissional.
O mestrado costuma vir antes do doutorado, que é mais complexo, exige maior dedicação do estudante, e maior aprofundamento no assunto defendido na tese de conclusão do curso.
E quanto aos Cursos de Curta Duração?
A sociedade e consequentemente o mercado passa por transformações cada vez mais radicais e fluídas. O Ensino Superior, por exemplo, parece ser o que mais sente esses efeitos, pois na intenção de criar pontes entre estudantes-profissionais e o mercado de trabalho, lida diariamente com essas transformações, cada vez mais rápidas e incontroláveis.
Assim reflitamos:
Como “preparar”, “formar” um “estudante-profissional” em Administração, Medicina, ou Engenharia, em quatro, cinco anos, se as mudanças de consumo, tecnologia, processos, doenças, etc. mudam em meses, semanas ou dias? Como lidar com o desafio dos conteúdos praticamente “Fast-food”, aqueles aprendidos em determinados cursos, que depois de alguns poucos anos, meses ou semanas, parecem perder sua validade em aplicabilidade, devido a novas pesquisas, descobertas, ou mesmo, novos cenários políticos e econômicos?
Especialistas e gestores defendem que os Cursos de curta duração, focados no desenvolvimento de competências e habilidades específicas e geralmente alinhadas às últimas tendências, mostram-se cada vez mais significativos para atender a “essas demandas” de mercado de trabalho e consequentemente de novo perfil do trabalhador (da Sociedade 5.0), que conectado praticamente 24 horas por dia encara a mobilidade e a mudança de ideias, rotinas, e projetos como algo muitas vezes natural e necessário para sua sobrevivência.
A mobilidade em si, como estilo de vida e estratégia para obtenção de resultados!